Texto da revista Dieta Já /2012
A obesidade mórbida afeta milhões de pessoas no mundo inteiro e cresce a cada dia. A operação, aliada a uma série de fatores como atividade física e comida saudável, pode ser a forma definitiva de cortar o mal pela raiz.
Se você já tentou tudo para emagrecer e os ponteiros da balança não param de subir, é bom ficar alerta, pois a obesidade é uma doença crônica.
Não estamos falando só por questões estéticas ou de convívio social.
Lembramos as inúmeras complicações de saúde que ela desencadeia como, por exemplo, diabetes, hipertensão arterial, colesterol e triglicérides altos, problemas cardiovasculares e respiratórios, dor nas articulações, varizes e por aí vai....
O pior é que, sem controle ou tratamento, dificilmente se emagrece e a enfermidade se transforma em mórbida - pessoas que têm, em média, acima de 40 quilos do peso ideal.
"Há no Brasil cerca de dois milhões de obesos mórbidos. E este número, infelizmente, cresce a cada ano", alerta o cirurgião Luiz Vicente Berti, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica, (SP).
Para quem caiu neste estágio avançado, as dietas e a atividade física já não dão conta do recado.
"São raras as pessoas que conseguem perder peso, porque há, inclusive, um hormônio, o grelina, produzido no estômago sob estímulo da chegada do alimento, que aumenta o apetite.
Quer dizer, a comida vira compulsão", afirma o médico Arthur Garrido Jr., coordenador da unidade de Cirurgia da Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital das Clínicas, (SP).
Luz no fim do túnel!
Uma das formas mais eficaz de emagrecimento definitivo em obesos mórbidos é a cirurgia bariátrica. Ela evoluiu muito e as técnicas estão cada vez mais eficientes. Mas nem todos que estão acima do peso podem encarar uma dessas.
Luz no fim do túnel!
Uma das formas mais eficaz de emagrecimento definitivo em obesos mórbidos é a cirurgia bariátrica. Ela evoluiu muito e as técnicas estão cada vez mais eficientes. Mas nem todos que estão acima do peso podem encarar uma dessas.
"Como toda operação envolve riscos, para se submeter ao procedimento é preciso apresentar obesidade estável há pelo menos cinco anos e ter Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 40.
Ou, ainda, estar com IMC maior que 35, porém, com outros agravantes que podem levar à morte, como diabetes, apnéia do sono, hipertensão, triglicérides alto, doença coronariana", esclarece Arthur Garrido.
Há situações em que o paciente tem indicação para a intervenção, mas antes tem de emagrecer ou estabilizar doenças.
Há situações em que o paciente tem indicação para a intervenção, mas antes tem de emagrecer ou estabilizar doenças.
"Por tratar-se de uma cirurgia de grande porte, todo cuidado é pouco. Ela tem baixo risco letal, cerca de 0,3%, mas nada pode ser descartado", avisa ele.
Saiba que é possível fazer esta operação no SUS (Sistema Único de Saúde). O problema é que há pouco espaço disponível nos hospitais para a cirurgia da obesidade. Das 20 mil feitas por ano, apenas 10% são realizadas no SUS. "O resultado são longas filas de espera", informa o professor Arthur Garrido Jr. No Hospital das Clínicas de São Paulo, por exemplo, há uma espera de três a cinco anos. "Um ano antes da data prevista, chamamos o paciente e começamos um tratamento com a equipe multidisciplinar (cirurgião, nutricionista, psicólogo). Ele participa de grupos com outros obesos que também estão se preparando para o procedimento", complementa.
Existem várias técnicas e a escolha depende do médico e do grau da obesidade. Conheça cada uma:
Saiba que é possível fazer esta operação no SUS (Sistema Único de Saúde). O problema é que há pouco espaço disponível nos hospitais para a cirurgia da obesidade. Das 20 mil feitas por ano, apenas 10% são realizadas no SUS. "O resultado são longas filas de espera", informa o professor Arthur Garrido Jr. No Hospital das Clínicas de São Paulo, por exemplo, há uma espera de três a cinco anos. "Um ano antes da data prevista, chamamos o paciente e começamos um tratamento com a equipe multidisciplinar (cirurgião, nutricionista, psicólogo). Ele participa de grupos com outros obesos que também estão se preparando para o procedimento", complementa.
Existem várias técnicas e a escolha depende do médico e do grau da obesidade. Conheça cada uma:
Gastroplastia ou fobi-capella
É a mais realizada no Brasil e grampeia parte do estômago, reduzindo o seu volume em 90 a 95%, diminuindo também a velocidade de esvaziamento, já que é colocado um pequeno anel de contenção. "Feita com anestesia geral por via laparoscópica (introdução de pinças especiais no abdômen através de 6 pequenos cortes) ou por meio de uma incisão abdominal entre 10 e 18 cm, iniciando no final do osso externo em direção ao umbigo", explica o médico Luiz Vicente Berti.
Tempo de cirurgia: cerca de 90 minutos (laparoscópica) e 120 (convencional)
Tempo de internação: três dias
Pós-operatório: os pontos das duas técnicas são absorvidos.
É a mais realizada no Brasil e grampeia parte do estômago, reduzindo o seu volume em 90 a 95%, diminuindo também a velocidade de esvaziamento, já que é colocado um pequeno anel de contenção. "Feita com anestesia geral por via laparoscópica (introdução de pinças especiais no abdômen através de 6 pequenos cortes) ou por meio de uma incisão abdominal entre 10 e 18 cm, iniciando no final do osso externo em direção ao umbigo", explica o médico Luiz Vicente Berti.
Tempo de cirurgia: cerca de 90 minutos (laparoscópica) e 120 (convencional)
Tempo de internação: três dias
Pós-operatório: os pontos das duas técnicas são absorvidos.
Após a cirurgia é necessário ficar em jejum absoluto (inclusive de água) por 48 horas.
Em seguida, o paciente passa para alimentação líquida e, em duas semanas, para a sólida.
Dirigir automóveis só após dez dias.
A volta ao trabalho acontece em torno de 15 dias, mas isso varia de acordo com cada um.
Vantagem: como o estômago está com a capacidade bem reduzida, a pessoa diminui drasticamente a quantidade de comida consumida, emagrecendo até 70% do peso total. "A perda de peso é duradoura, com baixo índice de insucesso", informa a cirurgiã geral Galzuinda Maria Figueiredo Reis, da Santa Casa de Belo Horizonte e do Hospital Life Center, MG.
Desvantagem: a pessoa come menos, por isso, há maior probabilidade de ter deficiências protéicas e anemias. O acesso ao estômago e ao duodeno também fica limitado para métodos radiológicos e endoscópicos.
Banda gástrica ajustável
É realizada com a introdução de um anel que divide o órgão em dois compartimentos. Um pequeno, acima da banda, que vai armazenar pouca quantidade de comida.
Quando cheio, ele causa a sensação de saciedade. O outro, maior, que é o restante do estômago normal continua recebendo e enviando o alimento para o duodeno.
Esta prótese é conectada a um pequeno reservatório localizado sob a pele e facilmente alcançado por uma agulha fina. "É um tipo de funil, colocado na parte superior do estômago que garante a sensação de saciedade precoce, obrigando o paciente a comer pouco", esclarece Galzuinda. É feita com anestesia geral, somente por via laparoscópica.
Tempo de cirurgia: cerca de uma hora
Tempo de internação: 24 horas
Pós-operatório: os pequenos cortes são fechados com pontos que serão absorvidos. É preciso ficar em jejum absoluto (inclusive água) por 24 horas. No dia seguinte, começa a ingestão de líquidos e os alimentos sólidos vão sendo liberados aos poucos. Em uma semana pode retornar ao trabalho.
Vantagem: "A internação é de um dia e a pessoa volta às suas atividades normais em um período curto", diz Galzuinda. Além disso, é um método reversível, pois permite ajustes individualizados no diâmetro da prótese. Não há sutura do estômago.
Desvantagem: custo alto e perda de peso, às vezes, insuficiente. Consegue-se, a longo prazo, emagrecer cerca de 20 a 40% do peso total.
Existem outras formas da cirurgia, caberá ao médico analisar qual será a melhor para seu paciente.
Fonte: http://dietaja.uol.com.br
Tempo de cirurgia: cerca de uma hora
Tempo de internação: 24 horas
Pós-operatório: os pequenos cortes são fechados com pontos que serão absorvidos. É preciso ficar em jejum absoluto (inclusive água) por 24 horas. No dia seguinte, começa a ingestão de líquidos e os alimentos sólidos vão sendo liberados aos poucos. Em uma semana pode retornar ao trabalho.
Vantagem: "A internação é de um dia e a pessoa volta às suas atividades normais em um período curto", diz Galzuinda. Além disso, é um método reversível, pois permite ajustes individualizados no diâmetro da prótese. Não há sutura do estômago.
Desvantagem: custo alto e perda de peso, às vezes, insuficiente. Consegue-se, a longo prazo, emagrecer cerca de 20 a 40% do peso total.
Existem outras formas da cirurgia, caberá ao médico analisar qual será a melhor para seu paciente.
Fonte: http://dietaja.uol.com.br
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